quarta-feira, 18 de março de 2015

Centro da Memória do Hospital Moinhos de Vento






Centro da Memória do Hospital Moinhos de Vento previne declínio causado por doenças cerebrais



O filme “Para Sempre Alice”, que entra em cartaz nesta quinta-feira (12), conta a história de uma respeitada professora de linguística que começa a ter lapsos de memória em suas palestras. O diagnóstico de Alzheimer e o acelerado avanço da doença têm efeito devastador para ela e sua família. Interpretada pela atriz Julianne Moore, o papel lhe rendeu o Oscar de melhor atriz.



Esta é apenas uma das diversas doenças que costumam chamar a atenção e despertar curiosidade. Depressão, Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outras alterações cerebrais podem ser tratadas através de diagnósticos mais precisos que melhoram fundamentalmente a qualidade de vida de pacientes e familiares.



Segundo a coordenadora do Centro da Memória do Serviço Médico de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, neurologista Jeanette Inglez de Souza Farina, os protocolos utilizados pela Instituição avaliam as alterações cognitivas nos seus diversos graus de comprometimento. Para casos de demência avançada, por exemplo, a equipe do Centro da Memória certificação especial para a aplicação de uma bateria especial de testes, a “Short Battery for Severe Impairment – SIB-8″, que é um instrumento que auxilia na avaliação e na mensuração do grau de comprometimento para casos de demência avançada de forma a permitir um melhor acompanhamento e intervenções mais precisas.



“O nosso diferencial em termos clínicos é o estudo detalhado das funções cognitivas do paciente, permitindo que o tratamento, incluindo o Treino Cognitivo e a Orientação para Familiares e Cuidadores, seja individualizado. Isso tem como consequência uma melhora na qualidade de vida do paciente e de seus familiares uma vez que o declínio cognitivo afeta a todos”, destaca.



Nos pacientes ativos, com boas capacidades globais (Transtorno Cognitivo Leve) e que percebem que a memória começa a falhar, é realizada uma avaliação neuropsicológica mais ampla, com aplicação também de testes de personalidade e escalas específicas para auxiliar no diagnóstico subjacente: por exemplo, se ele está numa fase inicial de Doença de Alzheimer, se existe depressão concomitante e, ainda, se a depressão explica, por si só, a presença dos sintomas cognitivos. Cabe referir que depressão e estresse crônico podem por si só causar declínio cognitivo que é, nessas situações, reversível. Daí a importância de avaliações detalhadas no sentido de diagnostico diferencial. Podem, ainda, ocorrer distúrbios de sono, uso inadequado de bebidas alcoólicas, e outros fatores causais, associados ou isolados. “São utilizados Questionários e Escalas padronizadas internacionalmente que avaliam essas situações. Este teste é fundamental para o tratamento clínico e medicamentoso, assim como para as intervenções não medicamentosas”, explica a neurologista.



Prevenção



Para evitar o declínio cognitivo recomenda-se a prática de atividade física regular, alimentação saudável e dormir bem. Além disso, estudos apontam que a alta escolaridade também pode ajudar. Pessoas analfabetas ou de baixa escolaridade tem uma chance maior de desenvolver demência.



Exames podem ser feitos como forma de prevenção durante o check-up.”Temos pacientes ativos que desejam saber o tempo útil da memória, como forma de se preparar para o futuro. A partir do diagnóstico, estratégias para pequenas dificuldades que ocorrem no dia a dia podem ser desenvolvidas. Não podemos impedir o aparecimento da Doença de Alzheimer, mas podemos prevenir o declínio cognitivo associado a fatores vasculares e metabólico-hormonais, por exemplo. “O Treino Cognitivo associado aos fatores anteriormente relacionados parecem aumentar o que chamamos atualmente de ‘reserva neuronal’ podendo ser um fator de proteção contra o declínio cognitivo,” ressalta.



Em relação as capacidades cognitivas, alguns quadros clínicos são mais prevalentes conforme a faixa etária. Na infância e adolescência são o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), de aprendizado escolar e quadros psiquiátricos com dificuldade neste período. Já nos jovens são o uso de álcool e drogas com comprometimento cognitivo e emocional, TDAH, declínio cognitivo pós-traumatismo crânioencefálico e transtorno de humor. Nos idosos, declínio cognitivo vascular, doença de Alzheimer, demências frontotemporais, transtorno cognitivo leve associado a depressão ou outros fatores causais.



Serviço



O Centro da Memória do Serviço Médico de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento é formado por um grupo multidisciplinar especializado. A equipe está pronta para avaliar, fazer o diagnóstico e, quando for o caso, indicar o tratamento para problemas de memória de diversas causas. Acesse: www.hospitalmoinhos.org.br/centro/centro-da-memoria



Programação Abraz RS


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Reunião da Abraz do dia 24/11.

Nossa última reunião do grupo de apoio da Abraz regional Rio Grande do Sul do ano.
Contamos com a presença do Dr. Alberto Maia neurologista,  Suzete Cassalha Psicóloga,  Regina Pacheco - Cleonicia Lima Bertolucci - Helena Marzullo familiares cuidadores para tirar as dúvidas dos presentes. 
Retornamos em marco de 2015.
Boas festas! !!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Texto da nossa vice presidente AbrazRS Cleonicia Bertolucci sobre a palestra da Psicóloga Suzete Cassalha



A família e o Alzheimer

Em sua palestra a psicóloga Suzete Cassalha falou da relação familiar frente o mal de Alzheimer. A instalação da doença leva o paciente e a família a um transtorno que parece regredir a vida de todos envolvidos, a estrutura familiar passar a viver uma perturbação emocional, os sintomas são impostos ao paciente e geram uma dependência progressiva e deve-se lembrar e ressaltar que a família deve permanecer unida.

Para o conhecimento da doença é necessário que se receba informações suficientes para que se possa enfrentar esse desafio diário e, que o paciente seja respeitado como elemento de função imprescindível quando surge esse quadro na família. Não deve delegar a um só cuidador o manejo com seu familiar doente, essa tarefa exige atenção, afeto, compreensão, paciência e principalmente respeito. Faz-se necessário um planejamento familiar dos cuidadores.

O cuidador é a pessoa mais importante na vida de um portador de Alzheimer, ele será o elo do doente com a vida. Será o responsável pelo seu bem estar e qualidade de vida. Ele terá que ter a sensibilidade para "sentir" em nome do paciente quando ele passar frio, calor, dor, fome, desconforto, sono, etc. Estar atento com suas funções fisiológicas.

Por isso eu falo com experiência, dar muito amor é um exercício de muita paciência e paciência. Agora esse cuidador também tem que se cuidar, deve ter seus momentos de lazer e descanso.

A família quando está unida, quando busca ajuda, fica sabendo mais sobre o mal de Alzheimer, buscando informações, torna tudo mais tranquilo. Assistindo palestras, documentários, reportagens, lendo artigos, consultando especialistas, vai adquirindo experiências junto ao próprio doente.

Eu, como fui uma familiar cuidadora deixo aqui um poema que um dos membros da Associação Americana de Alzheimer escreveu:

"Eu tenho estado zangado, mas não estou em agonia;

Eu tenho estado frustrado, mas não estou com medo;

Eu tenho estado solitário, mas não estou perdido;

Eu tenho sido combativo, mas não estou desanimado;

Eu tenho sido desencorajado, mas não estou desesperado;

Eu tenho minha fé e isso prevalecerá sobre tudo mais;

Nós cuidadores, vivemos um dia de cada vez;

E agradecemos ao Senhor por nosso grupo de apoio."

Paul A. Schratwieser

A missão da ABRAZ é longa e árdua, mas nós voluntários e profissionais da área da saúde temos nossas responsabilidades.

Tenha sempre em mente que a ABRAZ sou eu, é você, somos nós e todos temos responsabilidades. Essa é a razão pela qual você não está sozinho.

Cleonicia Lima Bertolucci

Cuidadora familiar e voluntária da ABRAZ